Quanto ao tema dado a essa coluna “Esporte e Saúde”, várias são as informações distorcidas pelos meios de comunicação que o senso comum, criou no esporte, uma visão reducionista envolvendo a Educação Física. O esporte é uma das áreas de conhecimento com a qual os profissionais da área atuam; temos também a ginástica, as lutas, jogos, brincadeiras e a dança, em que suas origens, como fenômeno sócio cultural, fundamentam-se na antropologia.
Em relação à saúde, estabelecem uma conexão direta das áreas de conhecimento da Educação Física com os benefícios fisiológicos para o corpo. Esquecemos, no entanto, os benefícios que trás nas dimensões sociais, psicológicas, quais se entrelaçam para o desenvolvimento das competências e habilidades determinando, assim, a capacidade de uma pessoa para atuar significativamente em seu contexto, cumprindo o seu exercício de cidadania.
Com uma visão formativa do ser humano, estabelecida através das áreas de conhecimentos da Educação Física, e como ciência do movimento, vislumbra a importância da construção do conhecimento motor desde a primeira infância. “O homem se fez pelo movimento e pelo movimento constrói”.
Todo repertório motor é desencadeado pelas brincadeiras, jogos. Esportes, exercícios, danças e atividades físicas gerais, e com essas, as dimensões sociais, psicológicas e fisiológicas, interagindo amplamente com o meio ambiente (realidade), criam-se situações propícias para o desenvolvimento das inteligências e criatividade do individuo.
É de conhecimento de todos os profissionais de educação física que o processo de desenvolvimento motor do ser humano, tem sua janela aberta para construção, com maior intensidade, dos 3 aos 12 anos de idade.
Em nosso País as aulas de educação físicas com especialista só são obrigatórias a partir do segundo ciclo do ensino fundamental. Atualmente nossas crianças não brincam mais nas ruas e parques, devido a uma série de problemas sociais (violência, trânsito, dentre outros), e com acesso as novas tecnologias, levam as famílias ter nos computadores e televisões, suas babas e brinquedos, transformando as crianças em craques do teclado, joystick e especialistas em relacionamentos virtuais, totalmente fora da realidade pela qual a humanidade foi construída.
Dessa maneira, a cultura corporal de movimento para benefício da qualidade de vida, desenvolvimento social, tecnológico e econômico fica comprometida.
A criança precisa brincar, jogar, experimentar tudo que é adequado para sua idade e maturidade.
Uma boa semana a todos.
David Zacarias de Brito, prof
Texto enviado por colaborador, sem edição ou correção ortografica
Nenhum comentário:
Postar um comentário